Os antigos mestres da Torá eram chamados escribas porque eram os guardiões do texto canônico da Bíblia, do qual contavam até as letras.
Muitas formas do texto são atribuídas ao Tikun Soferim(correção dos escribas), que pode se referir ou a mudanças no texto ou a regras quanto a sua ortografia e interpretação. Em uso mais moderno o termo "escriba" refere-se aos que são responsáveis por escrever a Mezuzá, os Tefelin, o Guet, a Ketubá, o Sefer Torá ou a Meguilá. Um escriba deve ser cuidadosamente treinado na preparação do pergaminho e no uso de uma tinta especial e da pena de escrever. Antes de escrever o Tetragrama ele deve banhar-se no Mikvê para se purificar.
Uma comunidade de tamanho razoável deveria ter seu próprio escriba, e seu trabalho era considerado tão importante que se dizia que ninguém devia viver em uma cidade que não tivesse um escriba e um médico. No entanto, tornar-se um escriba equivale a perder sua parte no Olam Habá, porque será considerado responsável por todo erro de escrita que cometer. Os homens da Grande Assembleia jejuavam e oravam para que os escribas nunca enriquecessem, para que não deixassem de fazer seu trabalho. Alguns escribas foram grandes artistas, e um manuscrito bonito e claro tinha muita procura. O Talmud menciona um escriba que podia escrever com quatro penas na mão ao mesmo tempo, mas que se recusava a ensinar essa técnica a outros.
O anjo Metatron atua como o escriba celestial que registra os feitos de Israel.
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