segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Rede de escolas públicas terá o nome de Anne Frank


A Confederação Israelita do Brasil, em parceria com a Federação Israelita do Estado de São Paulo e a ONG Anne Frank House, de Amsterdã, está criando uma rede de escolas públicas brasileiras que levam o nome de Anne Frank. O projeto visa fomentar valores representados pela jovem judia, tendo as escolas como centro de produção e disseminação de uma cultura de paz, combatendo o racismo e o antissemitismo. A ideia é encontrar formas para que a história e o livro de Anne Frank façam parte do currículo das escolas brasileiras através de atividades relativas à educação para a diversidade e os valores democráticos. Diretores das Escolas Anne Frank de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Palmas viajaram a Amsterdã para conhecer os programas educacionais e os projetos da "Anne Frank House". Eles estiveram acompanhados por Nanette Konig, sobrevivente do Holocausto, que foi amiga de Anne Frank. As escolas contarão com a orientação do Arquivo Histórico Judaico Brasileiro (AHJB), de São Paulo, e das federações israelitas de cada estado. Em breve, também será realizado um concurso de redação.
Há 263 escolas, em 14 países,
com o nome de Anne Frank

A ciência de Israel a serviço do mundo


Alon Lavi, porta-voz da Embaixada de Israel no Brasil
Para mim é uma honra andar por esta terra de palmeiras onde canta o sabiá, acompanhado pelo "Prêmio Nobel de química de 2011", o israelense Dr. Daniel Shechtman. Em São Luis, sinto-me como se estivesse em Israel. Aqui, pode-se reconhecer uma história de 400 anos e, ao mesmo tempo, do outro lado da baía de São Marcos, a base espacial de Alcântara, que representa a modernidade e a tecnologia de ponta no Brasil. Do mesmo modo, em Israel pode-se ver a história que remete aos tempos bíblicos e, ao mesmo tempo, uma das melhores ciência e tecnologia do mundo. Estamos aqui para participar da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Curiosamente, há 64 anos, o Estado de Israel tornou-se independente e, em pouco mais de seis décadas, o povo israelense construiu uma nação, levou seu povo rumo ao progresso, alcançou um ótimo índice de desenvolvimento humano e um PIB per capita invejável por outros países, além de ter se tornado o país das empresas startups e um dos maiores desenvolvedores de tecnologia. Como parte de suas conquistas, Israel já angariou dez prêmios "Nobel" durante sua jovem história: um de literatura, dois da paz, dois de economia, e quatro de química. A vinda do" Prêmio Nobel" ao Brasil é resultado de uma atenção especial de Israel dada ao "Programa Ciência Sem Fronteiras", lançado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Ministério da Educação. Nós, em Israel, promovemos nossas pesquisas e, em uma parceria com ambos os ministérios, queremos receber jovens brasileiros que desejem aprofundar seus conhecimentos em nosso país. David Ben-Gurion, o signatário da "Declaração de Independência de Israel" e nosso primeiro chefe de Estado, afirmou em 1962 que “a pesquisa científica e suas conquistas já não são apenas um objetivo intelectual abstrato, mas um fator central na vida de todo povo civilizado”.
E todas as conquistas de Israel nos campos da agricultura, educação, segurança, tecnologia, entre tantos outros, são compartilhadas com o restante do mundo. Através da cooperação internacional, os israelenses transferem seus conhecimentos a países em desenvolvimento, inclusive, na África e América Latina. O "Mashav" ("Programa de Cooperação Internacional do Ministério das Relações Exteriores de Israel") nasceu em 1958 pelas mãos de Golda Meir e, desde então, milhares de bolsistas de centenas de países já visitaram Israel. Outros milhares receberam em seus países especialistas israelenses dispostos a partilhar experiências e conhecimento. Nos últimos anos Israel tem dado uma atenção especial ao Brasil e reconhecido este imenso país como uma potência econômica e transformadora. Na última década, visitaram Israel centenas de bolsistas brasileiros das mais diversas áreas: jornalismo, educação, ciência, tecnologia, governo, saúde, água, agricultura, etc. Todos eles aprimoraram seus conhecimentos e puderam conhecer, de perto, a experiência de Israel. Ao regressarem para o Brasil, os bolsistas transferem os novos conhecimentos adquiridos aos colegas de profissão, formando uma corrente. Em 2010, o ministério das Relações Exteriores de Israel reabriu o Consulado em São Paulo, resultado do ótimo crescimento nas relações econômicas entre nossos países.
Além disso, Israel foi o primeiro país fora da América Latina a firmar um acordo com o Mercosul, um marco para ambas as regiões e para nossas relações bilaterais. Do mesmo modo, nosso presidente, Shimon Peres, visitou o Brasil, em 2009. A retribuição se deu com a visita do presidente Lula em 2010. Em resumo, Israel é muito mais que um pequeno país no Oriente Médio. Israel é hoje resultado de um sonho e da busca pelo desenvolvimento e progresso. Assim como o Brasil, nossa ciência é sem fronteiras. Como disse Ben-Gurion: “Para nós a ciência nunca foi separada da consciência, do respeito pela vida, das leis morais. Trata-se da ciência a serviço de um novo humanismo para os homens de amanhã”.

CONTRA O TERROR

ARTIGO PUBLICADO HOJE, 13-08-2012, EM O GLOBO- OPINIÃOOSIAS WURMAN
O terrorismo do ditador Assad, da Síria acumula o indiscriminado assassinato de civis inocentes. Cerca de 21 palestinos, incluindo duas crianças, foram mortas no campo de refugiados de Yarmuk, situado na zonal sul da capital, Damasco. O apoio do governo iraniano ao tirano sírio vem sendo fundamental no retardamento de sua inquestionável derrocada final. Diversos atentados contra civis, em todo mundo, trazem o DNA do terror institucional iraniano.
O ataque que aconteceu a um ônibus de turismo lotado de israelenses, no aeroporto de Burgas, uma estância de férias tranquila na Bulgária, aumentou a consciência sobre este perigo. Em fevereiro deste ano, a esposa de um diplomata israelense ficou gravemente ferida com a explosão de uma bomba em Nova Déli, na Índia. Um ataque simultâneo em Tbilisi, na Geórgia, foi interceptado a tempo. Em outubro de 2011, os EUA frustraram um complô contra o embaixador da Arábia Saudita em Washington e, há poucas semanas, as autoridades cipriotas detiveram um agente do Hezbollah que planejava um ataque. Há um denominador comum nessas atividades terroristas: o Irã, Guarda Revolucionária iraniana, ou ao seu aliado, a organização libanesa Hezbollah. Os terroristas presos ou eram cidadãos iranianos ou integ rantes do Hezbollah. Alguns foram detidos enquanto estabeleciam infraestruturas terroristas para ataques futuros e outros, em posse de armas ou explosivos, pouco antes de completar seus planos hediondos.
O uso do Hezbollah como braço terrorista do Irã não é novidade. Há vinte anos a embaixada israelense em Buenos Aires, na Argentina, foi bombardeada, matando 29 e ferindo 300 inocentes. Dois anos mais tarde, em 1994, o Centro Comunitário Judaico argentino (Amia), também foi bombardeado, matando 85 pessoas e ferindo centenas. Uma investigação do governo argentino determinou que o ataque foi realizado pelo Hezbollah, com o apoio de líderes do governo iraniano.Há poucas semanas, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, expressou publicamente seu total apoio ao presidente Assad e ameaçou Israel e, por implicação, outros países.Nos últimos tempos, a Guarda Revolucionária iraniana e o Hezbollah posicionaram suas bases para ataques em cinco continentes, em aproximadamente 24 países. Seus t erroristas estão prontos para atacar em qualquer lugar: Europa, América, África e Ásia. Eles possuem uma rede global apoiada pelo Irã e agentes clandestinos treinados para atingir seus objetivos nefastos.
Os Estados Unidos reconheceram o Hezbollah como uma organização terrorista em 1995, juntamente com o Canadá, Holanda, Egito e Bahrein. A ala militar do Hezbollah foi igualmente reconhecida pelo Reino Unido, Nova Zelândia e Austrália. Chegou a hora do restante da Comunidade Internacional seguir o mesmo exemplo. O Brasil certamente se juntará ao clamor por justiça e civilidade entre as nações.
OSIAS WURMAN é cônsul honorário de Israel no Rio


Universidade Hebraica de Jerusalém está entre as "top 10" do mundo


De acordo com a revista "The Scientist", a Universidade Hebraica de Jerusalém é o segundo melhor lugar para se trabalhar com pesquisas acadêmicas fora dos EUA e o nono melhor do mundo. Em 2012, ela foi a única instituição israelense a fazer parte desta lista. Em outros anos, o Instituto Weizmann foi classificado três vezes seguidas nesta mesma categoria.

Israel e Brasil intensificam cooperação na área científica


"Israel é um país onde você pode, ao mesmo
tempo, ver o passado e tocar no futuro"
Daniel Hershkowitz, ministro da Ciência e Tecnologia de Israel
"A linguagem da Ciência é universal", afirmou o ministro da Ciência e Tecnologia de Israel, Daniel Hershkowitz, durante encontros em Brasília. Ele se encontrou com os ministros de Educação, Aloizio Mercadante, e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Na pauta, temas relacionados à cooperação internacional e acordos bilaterais. Os ministros demonstraram interesse em firmar um acordo de cooperação no "Programa Ciência Sem Fronteiras", que deve ser assinado em breve. Segundo Hershkowitz, apesar das diferenças culturais, "a linguagem da ciência é universal e dialoga com todos".
Na reunião com o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, Hershkowitz ressaltou que Israel investe desde a sua criação, na educação e na formação de novos cientistas. O israelense também destacou a importância do interesse brasileiro de inovar e fez um convite oficial ao brasileiro para visitar Israel: "Há 64 anos Israel não tinha quase nenhuma estrutura, tivemos que lutar pela nossa sobrevivência e hoje somos um milagre. Gostaria de convidá-lo para ver, de perto, esse milagre. Israel é um país onde você pode, ao mesmo tempo, ver o passado e tocar no futuro", destacou. Por sua vez, o secretário de Políticas de Informática, Virgilio Almeida, afirmou que “o objetivo é aumentar a cooperação na área de inovação. Queremos estreitar também os laços entre Brasil e Israel não somente como parceiros comerciais, mas também como parceiros intelectuais".
O ministro de Ciência e Tecnologia de Israel,
Daniel Hershkowitz, com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante,
e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel