quinta-feira, 30 de julho de 2009

SHABAT SHALOM


Sexta-feira, 31/07/2009 // Iom Hashishi 10 Av, 5769

Cabalat Shabat: nerot: 17:23 hs(horário de S.P. Brasil)

Iom Hashabat; Shabat Nachamu. Parashá: Vaetchanan./ Pirkê Avot:3

Término: 18:19 hs


SHABAT SHALOM!!!!!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Tishá be Av


O dia mais triste e trágico do ano é o do jejum de 9 de Av(tishá be Av). É um dia de jejum e luto, em que lembramos a destruição do primeiro Templo de Jerusalém, no ano 586 a.e.c.(antes da era comum) e , por uma coincidência(?) histórica, do segundo Templo, também, no ano 70 e.c.(era comum).

O primeiro Templo foi saqueado e queimado totalmente pelos babilônios, o segundo, pelos romanos.

A destruição do Templo de Jerusalém, o centro religioso do povo, não foi apenas uma catástrofe religiosa, como também marcou o fim do primeiro e segundo reino judeu, respectivamente, e o exílio da maior parte da população de sua terra.

No decorrer dos séculos, Tishá be Av ficou identificado com mais outros acontecimentos trágicos, na história do povo judeu. Foi em Tishá be Av que foi publicado o decreto da expulsão de todos os judeus da Espanha, com as alternativas sendo a morte ou a conversão ao cristianismo.

Embora o Estado Judeu tenha sido reestabelecido em 1948, e Jerusalém tenha sido reunificada em 1967, sob soberania judia, pela primeira vez desde o ano 70 e.c., o significado de Tishá be Av foi reafirmado por pensadores e eruditos contemporâneos.

Em primeiro lugar, o Templo(cuja destruição é o motivo principal do luto de Tishá be Av) ainda não foi reconstruído. O Monte do Templo foi ocupado por líderes muçulmanos, que, no ano 691 e.c., construíram um dos mais importantes santuários islâmicos, no lugar mais sagrado dos judeus. Isto realça ainda mais o que a perda do Templo significa para o judaísmo.

Em segundo lugar, não há uma ocasião mais apropriada no ano, para lembrar, lamentar e chorar todas aquelas ocasiões, na história de Israel, de dor e sofrimento, morte e torturas, crueldade e opressão, que culminaram com o holocausto europeu(1940-45), quando mais de um terço de todo o povo judeu, mais de 6 milhões de homens, mulheres e crianças, foram mortos sistemática e barbaramente, após serem submetidos aos mais incríveis sofrimentos.

Tishá be Av é um dia de jejum total. Assim como em Iom Kipur, é proibido comer e beber desde antes do pôr do sol do dia 8 de Av, até o anoitecer no dia seguinte.

As práticas em vigor são as seguintes:

Não usar sapatos de couro.(Não é proibido usar sapatos feitos de borracha, pano ou outro material.)

Abster-se de lavar-se ou banhar-se.(Isto só é proibido se for para conforto ou prazer, mas não é proibido para remover sujeira, lavar-se ritualmente ao levantar-se, de manhã, ou depois de se fazer as suas necessidades.)

Abster-se de fazer a barba.(e mulheres, de usar maquiagem).

Abster-se de relações conjugais.

Abster-se de estudar a Torá, porque alegra o coração. É, contudo, permitido ler ou estudar o Livro das Lamentações, e de Jó, selecções de Jeremias, as partes do Talmud que tratam da destruição do Templo e os regulamentos referentes ao luto.

Abster-se do trabalho(no sentido comum da palavra, não no sentido da proibição sabática), ao menos à noite e até o meio dia do jejum. Depois do meio dia de Tishá be Av é permitido todo trabalho, se necessário, se bem que o jejum possa tornar isto difícil.

Sempre que possível, e ao menos até o meio dia, é costumeiro sentar-se em bancos baixos, à maneira dos enlutados na primeira semana(shivá) depois da morte de um parente.

A lei faz concessões aos doentes. Tais pessoas não precisam jejuar o dia inteiro, sendo suficiente jejuar apenas uma parte do dia.

Sendo que o Talit e os Tefilin são chamados de adornos religiosos, símbolos de beleza, não são usados no serviço matutino de Tishá be Av. Mas colocam-se Talit e Tefilin à tarde, no serviço de Minchá.

Costuma-se dormir numa superfície mais dura que o normal, e algumas pessoas chegam a pôr sob a cabeça uma pedra, em vez de travesseiro.

Na era do Mashiach, Tishá be Av se tornará em festa, mas aquele que não ficar de luto pela destruição do Templo não merecerá vê-lo reconstruído.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Bênçãos olfativas


Antes de cheirar óleos perfumados, diz-se:

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, bore shemen arev.

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que criaste óleos agradáveis.

Bênçãos olfativas


Antes de cheirar frutas aromáticas, diz-se:

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, hanoten reach tov baperot.

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que deste bom aroma às frutas.

Bênçãos olfativas


Antes de cheirar folhas fragrantes de árvores ou arbustos, diz-se:

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, bore atse vessamim.

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que criaste árvores odoríferas

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Bênçaos olfativas


Antes de cheirar ervas fragrantes, diz-se:

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, bore isbe vessamim.

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que criaste plantas odoríferas.

Bênçãos olfativas


Antes de cheirar especiarias fragrantes, diz-se:

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, bore mine vessamim.

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que criaste qualidades de especiarias.

domingo, 26 de julho de 2009

Shavua Tov


Shalom, shavua tov...

Que nesta semana que está começando possamos ver e ouvir boas notícias.

Que a paz, alegria, saúde, amor, paciência e muita felicidade estejam presentes em vossas vidas.

Shalom Alechem.

SHAVUA TOV!!!!!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sexta-feira, 24/07/2009 //Iom Hashishi, Av 3, 5769


Cabalat Shabat/ Nerot: 17:20 hs(horário de S.P. Brasil)

Iom Hashabat/ Shabat Chazon

Parashá:Devarim. / Pirkê Avot: 2

Término: 18:17 hs


SHABAT SHALOM!!!!!!!

Bênção das árvores


Ao ver árvores frutíferas em flor, diz-se:

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, shelo chissar beolamo kelum uvara vo beriyot tovot veilanot tovim lehanot bahem bene adam.

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que nada fez faltar no Seu mundo, e criou nele boas criaturas e boas árvores, para que delas desfrutem os homens.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Bênção shehacol


Antes de comer algo que não brota da terra(exceto cogumelos) como carne, queijo, peixe, mel, ovo, etc., ou beber qualquer líquido, como água, refrigerante, suco natural, leite, etc.,(exceto vinho e suco de uva natural), diz-se:

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, shehacol nihia bidvaro.

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que criaste tudo pela Tua palavra.

Bênção das frutas da terra


Antes de comer frutas, legumes ou verduras que nascem na terra ou em árvores que perdem suas folhas no inverno(inclusive banana, mamão ou abacaxi), diz-se:

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, bore peri haadama.

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que criaste o fruto da terra.

Bênção das frutas da árvore


Antes de comer frutas de árvores que no inverno não perdem folhas, diz-se;

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, bore peri haets.

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que criaste o fruto da árvore.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Bênção do Vinho


Antes de tomar vinho ou suco de uva natural, diz-se:

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, bore peri hagafen.

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que criaste o fruto da videira.

Bênção para massas


Antes de comer qualquer alimento feito a partir dos cinco cereais - trigo, cevada, espelta, aveia e centeio - como bolo, macarrão, biscoitos, etc.(exceto pão ou matsá), diz-se:

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, bore mine mezonot.

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que criaste diversas espécies de alimentos.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Segunda Enquete


Jerusalém...

Capital física e espiritual do povo judeu...

Tantas vezes destruída, saqueada, e abandonada por outros povos...

Mas erguida, reerguida, sempre amada e habitada por nosso povo...o povo judeu.

Agora, mais uma vez, querem nos expulsar de nossas ruas, de nossas casas, de nossa cidade...de nosso centro espiritual.

E eu pergunto...

Porque?

Pra que?

Você acredita realmente, que dividindo Jerusalém será possível a paz?

Os terroristas do Hamas e Hezbola, assim como o governo do Irã, irão reconhecer o direito de existir do Estado de Israel?

Dê a sua opinião...

Vote em nossa enquete.

SHALOM ALECHEM !!!!!

SALAM ALEIKEM !!!!

Resultado da primeira enquete


Pois é meus amigos(as)...

Apesar de serem apenas 32 votos em nossa primeira enquete, o resultado talvez represente bem as espectativas em relação ao processo de paz no Oriente Médio.

Os que acreditam na paz, 37%

Os que não acreditam na paz, 49%

Os que continuam em dúvida em relação a paz, 18%

TUDO É POSSÍVEL !!!!!

domingo, 19 de julho de 2009

Enquete


Atenção !!!!!

Últimas horas para votar em nossa primeira enquete.

Dê sua opinião sobre o assunto, pois é muito importante para nós.

Amanhã exibiremos os resultados.

Lançamento de nova enquete, não perca!

SHAVUA TOV !!!!!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Tamuz 25, 5769


Sexta-feira, 17/07/2009

Cabalat Shabat

Nerot: 17:17 hs(horário de S.P. Brasil)

Iom Shabat

Parashá: Matot / Masse

Pirkê Avot: 1

Abençoamos o mês de Av

Término: 18:14 hs


SHABAT SHALOM !!!!!

Bênção da lavagem das mãos


Os participantes de uma refeição lavam as mãos, segundo o seguinte ritual: enche-se com água um copo, uma xícara ou um vaso, despejando-se a água, primeiro sobre a mão direita e depois sobre a mão esquerda. Antes de enxugá-las, recita-se a seguinte bênção:

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, asher kideshanu bemitsvotav vetsivanu al netilat iadayim.

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus Mandamentos e nos ordenaste sobre o lavar das mãos.

Bênção da separação da Chalá


Ao preparar-se uma quantidade mínima de massa, feita de um dos cinco tipos de cereais - trigo, cevada, espelta, aveia e centeio - a fim de assá-la, deve-se separar dela a "Chalá".

A Chalá constituia-se em um dos dízimos que se ofertava ao Cohen(Sacerdote) quando o templo estava edificado. Atualmente, o cumprimento desta tradição, que implica em separar-se uma parte da massa e queimá-la em seguida, toca principalmente às mulheres.

O procedimento é simples: corta-se uma parte da massa contendo 28 gramas e abençoa-se:

Baruch ata Adonai Elohenu Melech Haolam, asher kideshanu bemitsvotav vetsivanu lehafrish chala min haissá. (e acrescenta:Hare zo chala.)

Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus Mandamentos e nos ordenaste separar uma parte da massa.(e acrescenta: Que esta seja a parte.)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Bênção do Pão


Baruch ata Adonai Elohênu Melech Haolam, hamotsí lechem min haaretz.

Bendito sejas Tu,Eterno, nosso Deus,Rei do Universo, que fazes sair o pão da terra

terça-feira, 14 de julho de 2009

Bênçãos


Berachot

As bênçãos litúrgicas começam geralmente com a fórmula "Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo". Os mais importantes tipos de bênção são aqueles associados a comida e bebida, onde se reconhece em Deus a fonte do sustento do homem, as proferidas antes de cumprir uma mitsvá, para indicar a natureza ritual do ato, e as que compõem parte da liturgia dos serviços na sinagoga.

A forma dessas bênçãos foi fixada no período do Segundo Templo e é considerada sacrossanta. Há bênçãos para quase todas as ocasiões e eventualidades, da saída de um toalete à visão de um arco-íris no céu, da recuperação de uma doença ao acender das velas do Shabat.

Um judeu deve fazer cem bênçãos por dia, reconhecendo Deus como fonte de todas as bênçãos. Ao se ouvir uma bênção é costume responder à menção do nome de Deus:"abençoado seja Ele e abençoado seja Seu Nome", e, no fim, Amen.

Além das bênçãos litúrgicas existe uma outra forma de bênção na qual um sacerdote abençoa a congregação, ou um pai abençoa o filho no início do Shabat. Isso não se inclui na forma padrão de bênçãos dirigidas a Deus.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Beit Din


Tribunal religioso geralmente constituído de três juízes que trata de casos relativos à supervisão de estabelecimentos kosher, divórcio, questões civis e prosélitos(conversão).

O juíz principal é conhecido como "av beit din"(o pai di tribunal). Antigamente, tribunais maiores, com vinte e três ou setenta e um juízes, tratavam dos casos mais importantes. Cada comunidade judaica tinha seu próprio beit din, que costumava reunir-se nos dias de feira, originalmente segundas e quintas-feiras. Como aos judeus não é permitido levarem suas disputas internas aos tribunais gentios, os tribunais judaicos têm um grande papel a desempenhar nas comunidades ortodoxas. Acredita-se que o próprio Deus participa, com os juízes, de suas deliberações. Ele preside também um beit din celestial que avalia as ações dos homens e, de acordo com elas, confere recompensas ou castigos.

domingo, 12 de julho de 2009

SHAVUA TOV


Boa semana !!!!!

Que a luz de HASHEM, e dos ensinamentos de Sua Torá, iluminem vossos caminhos nesta semana que começa hoje.

Paz!!!!!

SHALOM ALECHEM.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Sexta-feira, 10/07/09


SHABAT SHALOM!!!!

Nerot: 17:14 hs(horário de S.P. Brasil)

Parashá: Pinchas

Pirkê Avot: 6

Término: 18:11 hs


SHALOM ALECHEM.

Shivá Assar be Tamuz/ 17 de Tamuz


O dia 17 de Tamuz, é a data em que as muralhas de Jerusalem foram rompidas, durante o cerco romano. Mas, acredita-se que o começo da destruição tanto do primeiro como do segundo Templo, foi na mesma data, 17 de Tamuz.

Isso é comemorado com um dia de jejum, dando início ao período de três semanas de luto que leva ao jejum de 9 de Av, dia em que os Templos, propriamente, foram destruídos.

De acordo com a versão bíblica, os muros de Jerusalem foram rompidos, nos tempos do Primeiro Templo, em 9 de Tamuz(Jer.52:6), mas uma opinião talmúdica descarta esta data, considerando-a inexata, devido a confusão que se seguiu à destrição do Templo.

Outros eventos catastróficos da história judaica são tidos como tendo ocorrido em 17 de Tamuz. Neles se inclui a quebra das duas Tábuas do Decálogo por Moisés, quando encontrou os israelitas adorando o bezerro de ouro.

Na Era do Mashiach, esse dia triste de jejum será transformado num dia de júbilo.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Yisroel Dov Ber Odesser


Yisroel Dov Ber Odesser, também conhecido como Reb Odesser ou ainda Sabba, nasceu em 1888, em Israel, e morreu com 106 anos em 23 de Outubro de 1994, sendo enterrado em Har Hamenuchot, Jerusalem.

Odesser nasceu numa família que a quatro gerações eram Chassidim Karliner. Seu tatara avô, Rav Yekutiel Zalman Leib, foi um discípulo próximo de Rav Abraham Kalisker, principal discípulo de Baal Shem Tov. Em sua juventude, Odesser foi um seguidor da corrente Karliner, mas, sentia que faltava algo, não saciava sua alma.

O primeiro contato de Odesser com os ensinamentos de Reb Nachman Breslev, foi quando ainda era um joven estudante de uma yeshivá em Tiberíades. Alguém havia arrancado fora a capa de um livro sagrado escrito em Hebraico, e jogado tal livro no lixo. No judaísmo ortodoxo, não se trata um livro sagrado dessa forma, então, Odesser resgatou o livro com a intensão de enterrá-lo, como reza nossa tradição. No entanto, antes de enterrá-lo Odesser resolveu ler o livro.

Este livro era Hishtafchut Ha Nefesh, por Alter Tepliker, que continha seleções de escritos de Reb Nachman Breslev sobre meditação e oração pessoal. Como o livro estava sem a capa, Odesser não soube quem era o autor, mas os ensinamentos ali contidos serviram-lhe muito bem. Somente mais tarde ele aprendeu que aquele era um livro da corrente Breslev.

O primeiro Chassid Breslev que encontrou em pessoa foi Rav Yisroel Halpern(também conhecido como Yisroel Karduner), que um dia veio comprar pão com a família de Odesser. O joven Odesser soube no mesmo instante que havia encontrado o seu professor, no entanto, havia uma dificuldade, seus pais eram fortes opositores da corrente Breslev. Certa vez seu pai o expulsou de casa na esperança de que com isso ele parasse com tais encontros, mas isso não o deteve, ele continuou as aulas com Halpern. Seu casamento aconteceu como o planejado, e sua esposa Ester, o apoiou em diversos momentos de dificuldades, e mesmo quando era ridicularizado pelos conhecidos da cidade. Isto, porque naqueles dias era comum dizer entre os judeus que, "qualquer um que se torne Chassid Breslev poderia eventualmente enlouquecer".

O boato provavelmente tem origem no fato de que, os Chassidim Breslev procuram passar ao menos uma hora por dia em Hitbodedut, uma comunicação pessoal com Deus, frequentemente sozinho nos campos, florestas, no meio da noite, meditando ou em voz alta, cantando e dançando. Isso não era muito comum na prática judaica da época, e era visto com muita suspeita. Os judeus normalmente rezavam em lugares fechados, com minian, e não sozinhos e em florestas. Além disso, quando Odesser rezava na sinagoga, era com tanto fervor que logo começava a bater palmas, dançar e girar por horas. Esse comportamento(na época) colaborou para que alguns congregantes difamassem Odesser como louco.

Quando os britânicos entraram em Tiberíades durante a primeira guerra mundial, surgiu uma praga na região, e Halpern morreu, assim como quase toda sua família. Depois da morte de Halpern, em 1918, Odesser tornou-se atendente pessoal de Rav Solomon Eliezer Alfandari, o grande Rav e Kabalista Sefaradi também conhecido como Saba Kadisha, que vivia em Tiberíades na época. Certa noite, após ver Odesser recitar Tikun Chatzot, o Saba Kadisha recusou-se a aceitar Odesser como seu atendente outra vez, e passou a tratá-lo como um joven colegial. Depois disso, Odesser foi para Jerusalem e continuou seus estudos com os mais velhos Chassidim Breslev que havia na cidade.

Numa noite de inverno, Tu Bishvat 5717/1957, Zalman Shazar(que mais tarde seria o terceiro Presidente de Israel), estava com um amigo em Meron numa noite chuvosa à meia-noite. Eles viram um joven Chassid recitando o Tikun Chatzot com intenso fervor, e ficaram emocionados com aquilo. Esperaram o joven Chassid terminar, e foram perguntar quem era ele. Ali começava uma amizade para toda a vida entre Zalman Shazar e Odesser. Através dos anos, Odesser escreveu diversas cartas para Zalman explicando a maneira Breslev de oração pessoal, devoção, etc, e instigando-o para que retornasse a Deus(Zalman era um judeu secular na época). Gradualmente Zalman foi se inspirando com as cartas, e realmente tornou-se mais religioso. Mais tarde, ele publicou as cartas e uma resumida biografia de Odesser escrito em Hebraico e entitulada "Ibay Ha Nachal". Em 1995, foi traduzido para o inglês com o título "Young Buds of the Stream".

Quando Odesser estava com 34 anos, apareceu com um documento em suas mãos que mais tarde ficou conhecido com "A carta dos Céus". Ele havia se sentido muito mal durante um jejum(17 de Tamuz) e foi obrigado a comer e beber, e ficou perturbado com isso. Ele foi para seu quarto estudar, e apanhou um volume ao acaso, e lá encontrou uma carta guardada no livro. Além de saudações e palavras de encorajamento, a carta continha um mantra em Hebraico baseado nas quatro letras do nome Nachman(Nachman Breslev). Mais tarde, Odesser disse que aquela era uma Carta dos Céus, e imediatamente abraçou para si o mantra, e identificou-se completamente com ele.

A revelação do mantra NA NACH NACHMA NACHMAN MEUMAN por Odesser, foi rejeitado pelos líderes Breslev durante muitas decadas. Por volta de 1984, quando ja estava com 95 anos e vivendo em uma velha casa em Ra`anana, Israel, um grupo de Baalei Teshuva(judeus que retornam à fé) descobriram Odesser e foram atraidos por seus ensinamentos, tornando-se assim seu líder espiritual, ou guru. O mantra foi rapidamente adotado por este novo sub grupo dos Chassidim Breslev, e hoje aparece em adesivos, pinturas, na Kipá, em músicas, e diversas outras formas de manifestações.

É comum vê-los nas ruas de Tel Aviv, Jerusalem, entre outras, com suas Vans e caixas de som, dançando, cantando, pulando, promovendo a alegria e a Torá.

Alguns dias antes de morrer aos 106 anos de idade, Rav Odesser gravou estas palavras numa fita.

"Todo o mundo, e todo o governo, não sabem quem eu sou! Olhe! Eu informo a eles quem eu sou! Eu sou NA NACH NACHMA NACHMAN MEUMAN!"

"Quem é o Reb de todo o mundo? Reb NA NACH NACHMA NACHMAN MEUMAN!"

Eu sou NA NACH NACHMA NACHMAN MEUMAN!"

Seus opositores logo disseram que ele estava senil, louco, pois clamava ser Reb Nachman Breslev,enterrado em Uman na Ukrania. Outros, disseram que ele estava falando de sua total identificação com o mantra. E outros ainda disseram que ele havia se tornado uma emanação espiritual da alma de Reb Nachman.

Rav Odesser morreu em 23 de Outubro de 1994, e foi enterrado em Har HaMenuchot, Jerusalem, onde está gravado em sua tumba; NA NACH NACHMA NACHMAN MEUMAN

NA NACH NACHMA NACHMAN MEUMAN!


terça-feira, 7 de julho de 2009

Nachman Mebreslev


Nachman Mebreslev, também conhecido como Reb Nachman Breslover ou ainda como Reb Nachman Meuman, nasceu em 4 de Abril de 1772, e viveu até 16 de Outubro de 1810, e foi o fundador da corrente Chassídica Breslev.

Descendente de Baal Shem Tov, trouxe uma nova vida para o movimento Chassídico misturando os segredos esotéricos da Kabala, com o profundo estudo tradicional da Torá nas Ieshivot. Com isso, atraiu milhares de seguidores durante sua vida e sua influencia continua forte até os dias de hoje.

A filosofia religiosa de Reb Nachman baseia-se na proximidade com Deus, e na conversa direta com Deus, sem intermediários. O conceito de Hitbodedut é central em sua filosofia.

Reb Nachman nasceu na Ukrania, sua mãe, Feiga, era filha de Adil(também pronuncia-se Udel), filha de Baal Shem Tov, fundador do judaísmo Chassídico. Seu pai, Simchá, era filho de Rav Nachman de Horodenka(Gorodenka), um dos discípulos de Baal Shem Tov, e assim ganhou o nome do avô. Ele tinha dois irmãos e uma irmã.

Quando joven, Nachman praticou um ascetismo extremado, engolindo o alimento sem mastigá-lo, para assim evitar o prazer físico, e mantendo o nome de Deus em primeiro plano em seus pensamentos. Mas abandonou essas práticas por um judaísmo vivo e extremamente alegre.

Em 1798-99 realizou uma viagem para Israel, onde foi recebido com honras pelos chassidim que viviam em Haifa, Tiberíades e Safed. Apesar de já atrair muitos seguidores, seu movimento sofreu forte perseguição por parte de seus opositores. Ele prometeu a seus perseguidos discípulos que na idade do Mashiach todos os homens seriam Chassidim Breslev.

Nachman ensinava o valor supremo da alegria e dizia que ninguém deveria desesperar ao atravessar a "ponte muito estreita da vida". "A criação é o cantar para Deus, e a fé do homem se fortalece com sua permanência em meio ao canto da natureza, nos campos e nas florestas". Na verdade, a fé é o único caminho a cruzar o abismo que separa os mundos humano e Divino.

Em 1802 Reb Nachman mudou-se para a cidade de Breslov, na Ukrania, e lá disse; "Hoje nós plantamos o nome Chassidim Breslev. Esse nome nunca desaparecerá, pois meus seguidores serão chamados de Breslev(ou Breslov).

Algumas idéias de Reb Nachman foram expressadas através de histórias místicas, que visavam a despertar o povo judeu de seu sono espiritual. Seus ensinamentos foram registrados por Natan de Nemirov, que também compôs orações baseadas nas idéias de seu mestre.

Nachman dizia que devíamos viver com fé, simplicidade e muita alegria. Ele encorajava seus seguidores a baterem palmas, cantar e dançar durante e depois das orações, criando assim uma relação mais íntima com Deus.

Antes de morrer, Reb Nachman disse a seus seguidores que estaria sempre com eles e que, se fosse necessário, os arrancaria do Guehinom puxando-os por seus cachos laterais(peot). Como, para eles, seu mestre ainda vivia, nunca designaram um sucessor.

Hoje, sua influencia é extremamente forte e muito importante no movimento Chassídico, tanto em Israel, como na Diáspora.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Israel Baal Shem Tov


(1700-1760)Curandeiro, místico e carismático líder do Movimento Chassídico, cujo nome original era Israel Ben Eliezer, comumente chamado de Besht(acrografia de Baal Shem Tov). O joven Israel cresceu no sul da Polônia; era órfão, e teve pouca instrução formal.

Iniciou-se, no entanto, nos segredos da Cabala ao estudar os textos que lhe foram deixados por Adam Baal Shem, e aprendeu a praticar a ascensão da alma ao céu com professores celestiais, como o profeta Aias, o silonita. Durante uma de tais ascensões o Besht encontrou o Mashiach, e foi-lhe dito que a idade Messiânica teria início quando seus ensinamentos estivessem ampla e extensamente divulgados. Diz-se que ele conhecia a identidade dos Lamed Vavniks de sua geração. Gostava de passar o tempo nos campos e nas florestas, experimentando o divino no mundo da natureza, e tornou-se mais tarde um curandeiro ambulante.

Como tal, passou a ser conhecido como Baal Shem Tov, ou o "Senhor do Bom Nome", que curava usando ervas, amuletos e exorcismo, que fez um Golem e que ensinava uma forma popular de Cabala. Seus ensinamentos religiosos tiveram ampla influência, já que se encaixavam nas necessidades dos judeus simples e pouco instruídos. Ele mostrou-lhes que poderiam servir a Deus através de suas atividades cotidianas, fixando suas mentes na devoçao a Ele. A oração era uma forma de expressão devocional mais importante que o estudo da Torá, e mesmo os "pensamentos estranhos" que inevitavelmente assediam o homem durante a oração deveriam ser acompanhados até sua origem, em Deus. Desse modo, as centelhas do divino que estão aprisionadas no mundo material poderiam ser alçadas de volta a sua origem.

Essa tarefa de reconduzir as centelhas pode ser empreendida através de cada ação do judeu, e não apenas na de cumprir os mandamentos. O Besht enfatizava a necessidade de haver alegria no serviço divino, particularmente por parte daqueles cujas vidas eram assoladas por sofrimento e penúria.

Ele os encorajava a evitar um ascetismo extremado, dizendo que todos deveriam beber, cantar e dançar em transcendente êxtase.

domingo, 5 de julho de 2009

Barba e Peot


"Não...destruirás os cantos da tua barba"(Lev. 19,27)

A Halachá( que relaciona este versículo com Lev.21,5) entendeu que a proibição se refere ao uso da lâmina de barbear e da navalha para cortar a barba.(Tecnicamente, são apenas cinco cantos que estão incluidos nesta proibição - no queixo e junto às orelhas, em cima e embaixo delas).

Esta Lei, bem como várias outras que proibem a tatuagem e outras formas de auto-mutilação, é dirigida contra as práticas comuns da idolatria e vinculadas a costumes pagãos."Era costume dos sacerdotes pagãos destruir(tirar à navalha) a barba. Foi por isso que a Torá o proibiu...Mas só se incorre numa transgressão, se isto for feito com uma navalha...portanto, se tirar a barba com uma tesoura, não há transgressão"(Maimônides, Hilchot Avodat Kochavim 12,7)

Esta proibição teve um impacto óbvio no estilo histórico do aspecto físico do judeu. Daí a imagem tradicional do judeu como um homem de barba cheia.

É somente desde o século retrasado, quando se tornou possível tirar a barba por outros meios, que não a navalha, que apareceram judeus praticantes sem barba. O barbeador elétrico moderno foi considerado um instrumento permitido, pelas autoridades religiosas. Isto possibilitou ao judeu devoto ficar bem barbeado, ou com barba parcial, sem infringir a Lei da Torá. Contudo, a barba provavelmente ainda reflete uma imagem de maior devoção.

A primeira parte da citada passagem da Torá reza:"Não arredondarás os cantos da vossa cabeça..." O motivo é o mesmo de acima. Por este motivo é proibido cortar completamente as costeletas. De acordo com a Halachá é permitido aparar as costeletas com uma tesoura ou máquina, porém os judeus chassidim as deixam crescer, sem jamais cortá-las ou apará-las. Por isso ostentam cachos laterais(peot).

O místico chassídico Nachman de Breslev via nas peot um veículo espiritual para drenar o excesso de imaginação.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Shabat Shalom/ Tamuz 12, 5769


Cabalat Shabat - sexta-feira, 3/07/2009

Nerot: 17:12 hs(horário de S.P. Brasil)

Iom HaShabat - sábado, 4/07/2009

Parashá: Chucat / Balac

Pirkê Avot: 5

Término: 18:09 hs


SHABAT SHALOM !!!!