segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A ciência de Israel a serviço do mundo


Alon Lavi, porta-voz da Embaixada de Israel no Brasil
Para mim é uma honra andar por esta terra de palmeiras onde canta o sabiá, acompanhado pelo "Prêmio Nobel de química de 2011", o israelense Dr. Daniel Shechtman. Em São Luis, sinto-me como se estivesse em Israel. Aqui, pode-se reconhecer uma história de 400 anos e, ao mesmo tempo, do outro lado da baía de São Marcos, a base espacial de Alcântara, que representa a modernidade e a tecnologia de ponta no Brasil. Do mesmo modo, em Israel pode-se ver a história que remete aos tempos bíblicos e, ao mesmo tempo, uma das melhores ciência e tecnologia do mundo. Estamos aqui para participar da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Curiosamente, há 64 anos, o Estado de Israel tornou-se independente e, em pouco mais de seis décadas, o povo israelense construiu uma nação, levou seu povo rumo ao progresso, alcançou um ótimo índice de desenvolvimento humano e um PIB per capita invejável por outros países, além de ter se tornado o país das empresas startups e um dos maiores desenvolvedores de tecnologia. Como parte de suas conquistas, Israel já angariou dez prêmios "Nobel" durante sua jovem história: um de literatura, dois da paz, dois de economia, e quatro de química. A vinda do" Prêmio Nobel" ao Brasil é resultado de uma atenção especial de Israel dada ao "Programa Ciência Sem Fronteiras", lançado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Ministério da Educação. Nós, em Israel, promovemos nossas pesquisas e, em uma parceria com ambos os ministérios, queremos receber jovens brasileiros que desejem aprofundar seus conhecimentos em nosso país. David Ben-Gurion, o signatário da "Declaração de Independência de Israel" e nosso primeiro chefe de Estado, afirmou em 1962 que “a pesquisa científica e suas conquistas já não são apenas um objetivo intelectual abstrato, mas um fator central na vida de todo povo civilizado”.
E todas as conquistas de Israel nos campos da agricultura, educação, segurança, tecnologia, entre tantos outros, são compartilhadas com o restante do mundo. Através da cooperação internacional, os israelenses transferem seus conhecimentos a países em desenvolvimento, inclusive, na África e América Latina. O "Mashav" ("Programa de Cooperação Internacional do Ministério das Relações Exteriores de Israel") nasceu em 1958 pelas mãos de Golda Meir e, desde então, milhares de bolsistas de centenas de países já visitaram Israel. Outros milhares receberam em seus países especialistas israelenses dispostos a partilhar experiências e conhecimento. Nos últimos anos Israel tem dado uma atenção especial ao Brasil e reconhecido este imenso país como uma potência econômica e transformadora. Na última década, visitaram Israel centenas de bolsistas brasileiros das mais diversas áreas: jornalismo, educação, ciência, tecnologia, governo, saúde, água, agricultura, etc. Todos eles aprimoraram seus conhecimentos e puderam conhecer, de perto, a experiência de Israel. Ao regressarem para o Brasil, os bolsistas transferem os novos conhecimentos adquiridos aos colegas de profissão, formando uma corrente. Em 2010, o ministério das Relações Exteriores de Israel reabriu o Consulado em São Paulo, resultado do ótimo crescimento nas relações econômicas entre nossos países.
Além disso, Israel foi o primeiro país fora da América Latina a firmar um acordo com o Mercosul, um marco para ambas as regiões e para nossas relações bilaterais. Do mesmo modo, nosso presidente, Shimon Peres, visitou o Brasil, em 2009. A retribuição se deu com a visita do presidente Lula em 2010. Em resumo, Israel é muito mais que um pequeno país no Oriente Médio. Israel é hoje resultado de um sonho e da busca pelo desenvolvimento e progresso. Assim como o Brasil, nossa ciência é sem fronteiras. Como disse Ben-Gurion: “Para nós a ciência nunca foi separada da consciência, do respeito pela vida, das leis morais. Trata-se da ciência a serviço de um novo humanismo para os homens de amanhã”.

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